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Herpes labial

Artigo da Higienista Oral:
Susana Helena C-041531086/ACSS

Vamos desmistificar o herpes labial!

Desde as causas e tratamentos, até herpes labial na gravidez. Saiba tudo.

O herpes labial, também conhecido como herpes oral, é uma infeção viral comum que se estima que afete cerca de 90% da população. Caso seja infetado, o doente nunca deixa de ter este vírus, mesmo que este não se manifeste. Os seus principais sintomas consistem no aparecimento de bolhas dolorosas que contêm líquido (vesículas) que causam comichão na região dos lábios e à volta da boca. Contudo, o herpes labial não está limitado a essa zona, podendo aparecer também dentro do nariz, na bochecha ou no queixo. O processo de cicatrização ocorre quando as vesículas rebentam, transformando-se em crostas.



O herpes labial é altamente contagioso, podendo ser transmitido através do contato direto com as lesões ativas ou através de objetos contaminados. Além disso, o desconforto causado pode perdurar durante vários dias, até que as bolhas cicatrizarem completamente.

Jovem com herpes labial.

Quais são as principais causas do herpes labial?

A transmissão deste vírus pode ocorrer mesmo que a pessoa infetada não apresente sintomas. Por isso, basta que haja um contacto com a pele ou objeto contaminado por alguém que tenha o vírus para que esta patologia se propague. 

Algumas formas de contrair herpes labial são:

1. Contacto direto com lesões ativas: A transmissão pode ocorrer através do contato direto com as lesões ativas, ou seja, com as bolhas que aparecem durante um surto de herpes (quer seja oral ou genital). Por esse motivo, a transmissão pode ocorrer através de beijos ou da prática de relações sexuais com uma pessoa infetada. Além disso, pode também ocorrer caso uma pessoa toque numa lesão ativa e toque, posteriormente, nos olhos ou nariz.

2. Contacto com a pele infetada: Mesmo na ausência de lesões visíveis, o herpes pode ser transmitido através do contato pele a pele com uma área infetada. Isso significa que mesmo áreas que não têm lesões visíveis podem transmitir o vírus.

3. Utilização de objetos contaminados: O herpes pode também ser transmitido através da utilização de objetos contaminados pela pessoa infetada, como toalhas, talheres, copos ou batons.

4. Transmissão no parto: Em alguns casos, o herpes pode ser transmitido no parto vaginal, caso a mãe esteja infetada com o vírus (vaginal) no momento do parto. É importante estar ciente de que o herpes labial durante a gravidez não passa necessariamente o vírus para o bebé. Contudo, caso este não seja tratado, pode passar para a região vaginal – causando o herpes genital – que é particularmente perigoso nos recém-nascidos.

Embora haja fases em que o vírus possa estar “adormecido”, não se manifestando, existem alguns fatores que podem desencadear uma crise de herpes, tais como:


  • Stress: O stress emocional ou físico é um dos principais desencadeadores de um surtos de herpes. Isto acontece uma vez que o stress enfraquece o sistema imunitário, tornando o corpo mais suscetível a surtos do vírus.


  • Exposição à luz solar: A exposição prolongada ao sol, especialmente nos lábios, pode desencadear surtos de herpes labial, visto que compromete imunidade da pele.


  • Doenças e infeções: Outras doenças ou infeções virais, como gripes ou infeções respiratórias, podem desencadear surtos de herpes uma vez que enfraquecem o sistema imunitário.


  • Lesões na área afetada: Certos traumas físicos, como cortes, lesões ou até procedimentos médicos na área afetada, podem deixar a pele danificada e desencadear surtos de herpes. 


  • Alterações hormonais: Durante o ciclo menstrual, a gravidez ou a menopausa podem ser desencadeados surtos de herpes em algumas pessoas. No caso da gravidez, embora o herpes labial não passe para o bebé, é fundamental tratar a infeção mal surjam os primeiros sintomas, de forma a evitar que o vírus se propague para a zona vaginal, causando herpes genital. 

Como realizar o diagnóstico?

O diagnóstico do herpes pode ser feito com base nos sintomas apresentados pelo paciente, através de observação clínica, e quando necessário, testes laboratoriais. Algumas das abordagens comuns para diagnosticar o herpes são:


  • História clínica e exame físico: Para diagnosticar a doença, geralmente o médico começa por perguntar sobre os sintomas do paciente e acerca do seu histórico médico, incluindo episódios anteriores de herpes ou outros problemas de saúde relacionados. Durante o exame físico, o médico procede a procurar sinais característicos do vírus, como vesículas ou úlceras na pele. 


  • Testes laboratoriais: Se necessário, o médico pode ainda solicitar testes laboratoriais para confirmar o diagnóstico de herpes, como análises ao sangue.

Tratamento:

Embora não haja uma cura para o herpes labial, existem medicamentos que podem ajudar a reduzir a gravidade e a duração dos surtos, bem como a prevenir a sua recorrência. 


  • Pomadas antivirais: Certas pomadas ou cremes antivirais podem ser aplicados diretamente sobre as lesões para ajudar a reduzir a dor, a comichão e o tempo de cicatrização. Este tratamento funciona inibindo a propagação do vírus.


  • Medicamentos antivirais orais: Em casos de surtos mais graves ou recorrentes, o médico pode ainda prescrever medicamentos antivirais por via oral.


Além dos tratamentos, existem certas medidas preventivas que podem ser tomadas, como evitar o contacto direto com pessoas infetadas durante os surtos ativos, evitar apanhar escaldões, manter uma boa higiene pessoal e não partilhar certos objetos como talheres, copos, toalhas e batons. Estes comportamentos podem ajudar a reduzir o risco de contrair ou transmitir o vírus.

Devemos realizar procedimentos dentários durante um episódio de herpes labial ativo?

É completamente contraindicada a realização de tratamentos médico-dentários durante um episódio de herpes labial ativo. Com a presença de vesículas com líquido há um risco elevado de contagiar outras zonas, nomeadamente ocular e intra-oral. Este contágio pode acontecer porque a maioria dos procedimentos dentários leva à produção de aerossóis que podem transportar gotículas que, consequentemente, transmitem o vírus. Por este motivo, o comportamento mais seguro é sempre adiar as consultas médico-dentárias até as lesões estarem completamente cicatrizadas.

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