O herpes labial, conhecido popularmente como "ferida nos lábios", é uma infeção viral causada principalmente pelo vírus herpes simples tipo 1 (HSV-1). Esta condição manifesta-se por meio de pequenas bolhas dolorosas que contêm líquido (vesículas) e que geralmente aparecem nos lábios, ao redor da boca ou até mesmo no interior da cavidade oral. O processo de cicatrização ocorre quando as vesículas rebentam transformando-se em crostas. Apesar de ser menos comum, o HSV-2, mais associado ao herpes genital, também pode causar lesões labiais.
Após a infeção inicial, o vírus permanece latente nos gânglios nervosos e pode ser reativado em situações de stress, baixa imunidade, exposição solar excessiva ou alterações hormonais.
O herpes labial é altamente contagioso, especialmente durante o período em que estão vesículas presentes, e a transmissão ocorre por contato direto com as lesões ou por partilha de objetos contaminados, como copos, talheres ou toalhas. Também pode ser transmitido por beijo ou contato próximo durante um episódio ativo. Note-se que a transmissão deste vírus pode ocorrer mesmo que a pessoa infetada não apresente sintomas. Basta que haja um contacto com a pele ou objeto contaminado por alguém que tenha o vírus para que esta patologia se propague.
Os sintomas do herpes labial variam de pessoa para pessoa e podem ser mais graves na primeira infeção do que nas reativações subsequentes. Os principais sinais e sintomas incluem:
Geralmente, as lesões começam com uma sensação de comichão, formigueiro ou ardor na área afetada, sinalizando o início de uma reativação viral.
Pequenas bolhas cheias de líquido surgem na região dos lábios ou ao redor da boca. Estas bolhas podem agrupar-se e variam de tamanho.
As vesículas e áreas ao redor podem ser dolorosas, causando desconforto durante a mastigação, fala ou até mesmo em repouso.
As bolhas podem romper, formando úlceras rasas e dolorosas. Estas lesões secam frequentemente, formando crostas amareladas antes da cicatrização completa.
Em alguns casos, especialmente durante a primoinfeção, podem surgir sintomas sistémicos como febre, linfonodos aumentados e sensação geral de cansaço.
Embora não exista cura definitiva para o herpes labial, há tratamentos eficazes para aliviar os sintomas, acelerar a cicatrização e reduzir a frequência das reincidências. As opções incluem:
Aplicar compressas frias na região afetada pode ajudar a aliviar a dor e reduzir o inchaço. Evitar tocar ou manipular as lesões minimiza o risco de infeção secundária. Produtos calmantes, como gel com aloé vera, também podem ser usados.
Certas pomadas ou cremes antivirais podem ser aplicados diretamente sobre as lesões para ajudar a reduzir a dor, a comichão e o tempo de cicatrização. Este tratamento funciona inibindo a propagação do vírus.
Em casos mais graves ou recorrentes, o médico pode ainda prescrever medicamentos antivirais por via oral. Estes medicamentos ajudam a controlar a proliferação do vírus e a diminuir o tempo de recuperação.
Manter a área limpa e seca é fundamental para evitar complicações. Lavar as mãos antes e após tocar na região é essencial para prevenir a disseminação do vírus para outras partes do corpo ou para outras pessoas.
Reforçar o sistema imunológico com uma alimentação equilibrada, hidratação adequada e sono de qualidade pode ajudar a reduzir a frequência das crises. Práticas de redução do stress, como meditação e exercício físico, também são
recomendadas.
A nossa Equipa Clínica está aqui para ajudá-lo!
Sim, o herpes labial é altamente contagioso, especialmente durante a fase das vesículas. O vírus pode ser transmitido por contato direto com as lesões ou através de objetos contaminados, como talheres, copos ou toalhas.
Embora não seja possível evitar completamente o herpes labial, medidas como evitar o contato com lesões ativas, usar protetor labial com filtro solar e manter o sistema imunológico forte podem ajudar a prevenir reativações.
A duração varia, mas geralmente os sintomas desaparecem em 7 a 10 dias. O tratamento pode reduzir este período.
Sim, o stress emocional ou físico é um dos principais desencadeadores de um surto de herpes. Isto acontece uma vez que o stress enfraquece o sistema imunitário, tornando o corpo mais suscetível a surtos do vírus.
Não é comum, mas lesões manipuladas ou infetadas podem levar a cicatrizes.
Não é recomendado, pois pode agravar a irritação e aumentar o risco de infeção.
Sim, o vírus pode afetar pessoas de todas as idades. Em crianças, a primeira infeção pode ser mais sintomática. Note-se que em alguns casos, o herpes pode ser transmitido no parto vaginal, caso a mãe esteja infetada com o vírus (vaginal) no momento do parto. É importante estar ciente de que o herpes labial durante a gravidez não passa necessariamente o vírus para o bebé. Contudo, caso este não seja tratado, pode passar para a região vaginal – causando o herpes genital – que é particularmente perigoso nos recém-nascidos.
Atualmente, não há vacina específica para prevenir o herpes labial.
Sim, é uma das formas mais comuns de transmissão do vírus.
As aftas não são causadas por vírus e não são contagiosas, enquanto o herpes labial tem origem viral e pode ser transmitido.
Sim, mesmo na ausência de sintomas, o vírus pode ser transmitido, um fenômeno conhecido como "transmissão assintomática".
Sim, a exposição prolongada ao sol, especialmente nos lábios, pode desencadear surtos de herpes labial, visto que compromete imunidade da pele.
Sim, no caso especial da gravidez, embora o herpes labial não passe para o bebé, é fundamental tratar a infeção mal surjam os primeiros sintomas, de forma a evitar que o vírus se propague para a zona vaginal, causando herpes genital, que pode ser transmitido ao bebé durante o parto e é particularmente perigoso para os recém-nascidos. O médico aconselhará o medicamento mais seguro para tratar o herpes durante a gravidez.
Sim, indivíduos com imunidade comprometida têm maior risco de reativações mais frequentes e severas.
A presença de vesículas com líquido é de elevado risco para ocorrer contágio em outras zonas, nomeadamente, ocular e intraoral. Este contágio pode acontecer porque a maioria dos procedimentos dentários leva à produção de aerossóis que podem transportar gotículas que consequentemente transmitem o vírus. O comportamento mais seguro é sempre adiar as consultas até às lesões estarem completamente cicatrizadas.
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