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Ortodontia é uma especialidade da Medicina Dentária que trata a má oclusão, ou seja, problemas no alinhamento dos dentes e desarmonias dentofaciais. Dentes tortos ou dentes que não se encaixam corretamente são difíceis de serem mantidos limpos, podendo ser perdidos precocemente, devido à deterioração e à doença periodontal. Também causam um stress adicional aos músculos responsáveis pela mastigação, o que pode provocar dores de cabeça, síndrome da articulação temporomandibular e dores na região do pescoço, dos ombros e das costas.
Para a correção destes problemas, o ortodontista recorre frequentemente a
aparelhos fixos e/ou aparelhos removíveis, bem como a alinhadores invisíveis (invisalign). Em adultos com desarmonias ósseas severas, pode ser necessária a combinação entre ortodontia e cirurgia ortognática, que permite resolver casos graves de discrepâncias ósseas.
Os problemas de ortodontia têm, muitas vezes, consequências ao nível social e profissional, levando a situações de restrição/inibição do sorriso por vergonha. O tratamento de ortodontia adequado permite uma acentuada melhoria da aparência dentofacial, contribuindo para um elevado aumento da autoestima.
Os dentes apinhados ou mal alinhados tornam a higiene oral uma tarefa bem mais difícil. Ao corrigir o mau posicionamento, o tratamento de ortodontia possibilita uma melhoria da higiene oral, prevenindo o aparecimento de cáries extensas e doenças nas gengivas que, nos casos mais graves, podem levar a perda de dentes.
O restabelecimento de uma relação correta entre os dentes superiores e inferiores traduz-se numa maior eficiência mastigatória, eliminando a dificuldade ou incapacidade de mastigar certos alimentos e permitindo uma nutrição mais adequada.
O restabelecimento da oclusão evita e elimina problemas de respiração, o que se traduz numa melhoria da comunicação verbal, com consequências evidentes na atitude e bem-estar do paciente ao nível social.
Em alguns casos, o tratamento de ortodontia evita complicações na articulação temporomandibular (a articulação que permite a união da mandíbula com o crânio, mais concretamente com o osso temporal), que pode estar na origem de dor crónica na cabeça, face, pescoço ou ouvidos, bem como de tonturas, enjoos e limitações na abertura e fecho na boca.
Quando a criança apresenta um desenvolvimento facial anómalo, normalmente identificado pelos pais, como o queixo muito para a frente ou muito para trás, quando os pais identificam uma respiração oral, ou quando a criança ressona. A ortopediatria facial deve ser feita por um ortodontista em colaboração com outras especialidades, nomeadamente a otorrinolaringologia, a terapia miofuncional e a odontopediatria.
Estes tratamentos visam corrigir a causa do problema e direcionar o crescimento e desenvolvimento facial, promovendo uma mudança na estrutura da forma da face e dentes.
A criança adquire melhor postura e melhor função a nível da cavidade oral e do corpo.
Quando é feito um diagnóstico atempado, diminui-se a probabilidade de ter que recorrer a terapêuticas mais interventivas.
Existem diversos tipos de patologias: apinhamento, diastemas, mordida aberta, mordida profunda e mordida cruzada. Dependendo da sua gravidade, são classificadas em classes, I, II ou lll. A Ortodontia interventiva ou corretiva atua ainda na desarmonia facial esquelética em casos de prognatismo, retrognatismo, progenia, retrogenia, sorriso gengival e assimetria facial.
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